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Mézinhas para dores de cabeça "provocadas" pelos Planetas Retrógrados

Em três períodos por ano há sempre alguém
a exclamar: "Ai, credo! O Mercúrio está retrógrado!" Também podemos questionar que se estas letras estão inclinadas, isto poderá ser um sinal que talvez irão cair!?...
À excepção do Sol e da Lua, todos os restantes planetas têm fases em que estão retrógrados... apenas para os humanos. Porque eles, planetas, não sabem o que isso é.

Quando me expresso escrevendo que os planetas "não sabem" o que é o movimento retrógrado, naturalmente que não me refiro aos corpos planetários, mas sim à personificação que eles, planetas, incorporam como figuras mitológicas, símbolos do universo da condição humana.

Característica daquilo que se locomove para trás;
capaz de retroceder. Contrário ao progresso,
ao que é novo; conservador.
Aquela pessoa
que tem atitudes e ideias retrógradas.

Etimologia (raíz da palavra "retrógrado"): do latim "retrogradus", que significa andar para trás.

De acordo com os dicionários online encontramos
algumas definições para a palavra "retrógrado":

Levando estes significados ao "pé da letra", então quer dizer que cada vez que os humanos olham
o sistema solar e vêm que um planeta está a seguir
o caminho da sua órbita em "sentido contrário",
a vida na Terra fica frustrada ou com atrasos, dando
a impressão que tudo anda para trás ou não segue
o curso que deveria seguir de maneira satisfatória. Concordam com este fatídico prenúncio para a vida humana? Pessoalmente não vejo as coisas assim tão obtusas. De qualquer dos modos e como o Universo é sincrónico, existe de facto uma ressonância entre as movimentações planetárias e aquilo que o ser humano percipciona de tudo isso. Mas o que é
o movimento retrógrado dos planetas e como
é que isso acontece? Simplesmente... não acontece.
O que acontece é que nós, humanos, como observadores posicionados na Terra, vemos
o sistema solar a partir do nosso ponto de observação, a Terra, e esta não está situada no centro do sistema. Com a Terra a ocupar a sua faixa orbital entre Vénus e Marte, quando olhamos para os planetas interiores à órbita da Terra, há fases em que os vemos parecendo "andar para trás". E o mesmo fenómeno acontece quando em certas fases observamos os planetas exteriores à órbita da Terra.

 

Nunca andaram num certo tipo de carrossel em uma feira de diversões, composto por uma roda de grandes dimensões que gira na horizontal? Nessa mesma roda gigante encontram-se dispostas em
cruz quatro formas sólidas arredondadas que mais parecem "donuts", e cada uma dessas formas dispõe de dois assentos frente a frente para os corajosos se instalarem. Esses aparentes "donuts" podem girar tanto para a esquerda como para a direita, enquanto que ao mesmo tempo a roda principal gira apenas em uma única direcção.
E quando sentados num artefacto desta natureza
em andamento, envolvidos numa plataforma descrevendo movimentos contraditórios em simultâneo, esta experiência dá-nos a impressão
de que tudo o que estamos a observar à nossa volta está a andar para trás. Por conseguinte, em relação ao movimento retrógrado dos planetas, este movimento não é real, mas sim aparente. Contudo, os movimentos orbitais dos planetas em andamento retrógrado ou directo, ambos têm efeito na psique humana. Estranha magia? Naturalmente que não.
É preciso não esquecer o detalhe de que tudo com
o qual o ser humano entra em contacto, consciente ou inconscientemente, essa experiência gera na pessoa um certo estado interior que irá ressoar
de acordo com a vibração do seu universo interno.
E nós, humanos, estamos em permanente contacto com tudo o que é visível e invisível.

 

Por outras palavras, parece então que mesmo aqueles eventos com os quais possamos não estar em directo contacto visual, e que se manifestam na sombra da inconsciência, essa experiência produz em nós um "inexplicável" e estranho estado interior, em resultado da sincronia que existe entre o micro universo de cada um de nós e o macro universo que nos cerca. Sendo assim, desta maneira parece que talvez fosse mais proveitoso abandonar a postura
da crença baseada na ignorância, para evitar justificativas para o facto de a "unha ou outro qualquer problema ter ficado encravado", porque
o "pobre" do Mercúrio está retrógrado.

Costumo dizer, gracejando, que o Mercúrio retrógrado tem as "costas largas", porque apanha sempre com as culpas das contrariedades pelas quais os humanos têm de passar, e porque muitas vezes eles, humanos, não conseguem adaptar-se
às constantes variáveis que certas circunstâncias impõem. E se há momentos na vida em que não é propício fazer o que o teimoso ego humano impõe
a si mesmo e aos outros, então que seja feito o que as circunstâncias o permitem. Mas não. Avança-se indiscriminadamente atropelando "pontos"
e "vírgulas", e nesta atitude o resultado é muitas vezes o ter-se de enfrentar a frustração.

 

"Hoje o dia correu-me mal no trabalho! Há! Pois! Já me esquecia que o Mercúrio está retrógrado!" Com este tipo de exclamação fica-se com o "pensamento arrumado", atirando a responsabilidade do "dia cinzento" para cima do astro. E para quem não tem ideia alguma sobre a possível existência de planetas retrógrados, a razão do dia péssimo no trabalho
fica atribuído a... sabe-se lá o quê. Foi um mau dia
e pronto. Como diz certa frase popular: "há dias de manhã que nós à tarde não deveríamos sair à noite!"

E como se vê no mapa de nascimento
de alguém se um planeta está retrógrado?

Por configuração de base os modernos
programas de Astrologia já apresentam
no diagrama o símbolo "Rx" na cor
vermelha, que significa que determinado
planeta no momento do nascimento
da pessoa se apresentava na
condição de movimento retrógrado.

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